segunda-feira, 30 de abril de 2007

A matança do porco na Serra de Monchique

Prática tradicional em vias de interdição
A Matança do porco na Serra de Monchique
Nuno Couto/JORNAL DO ALGARVE

Apesar de tal prática já ser ilegal, a população da serra algarvia continua a matar porcos em casa para consumo próprio. Há factores económicos a considerar, uma vez que o único matadouro desta região do Algarve fica longe, em Loulé. Mas as pessoas não querem, sobretudo, deixar morrer uma tradição que era dos seus pais e avós.

10:00 segunda-feira, 05 MAR 07

No Algarve, são ainda muitas as pessoas que insistem em manter a tradição da Matança do porco. E não apenas por respeito aos costumes que passaram de pais para filhos: “Os produtos do porco têm um sabor mais genuíno, se os animais forem mortos à maneira antiga", explica Marcelino Nunes, 66 anos, natural da serra de Monchique e ainda lá residente. Além disso, diz ele, "para ir ao matadouro,a deslocação sai muito cara”.
Numa terra onde quase todas as famílias têm os seus próprios animais, Marcelino conta como se desenrola a Matança: “Junta-se um grupo de homens e mulheres. Os homens agarram no bicho, enquanto este guincha e espetam-lhe uma faca no coração. E duas ou três mulheres seguram com firmeza num alguidar, para recolher o sangue”. Esta é, porém, só a primeira fase do ritual, aquela em o porco perde a luta e parece conformar-se à sina de ser transformado em presuntos, morcelas e chouriças.
Depois de devidamente chamuscado e já sem pelos, são lhe arrancadas as pontas das unhas, pelos homens mais experientes e é raspada a pele do animal. Posto o que, um profundo golpe longitudinal rasga o ventre do bicho. Afastado o toucinho, mãos hábeis retiram todas as miudezas, a começar pelas tripas que são prontamente colocadas num tabuleiro de madeira. “Aqui é que é necessário muito jeito, experiência e um bom estômago, para resistir ao cheiro”, realça José Virgínio, 74 anos, outro residente na serra de Monchique que insiste em não deixar morrer esta tradição.
Matança doméstica é ilegal.
A empreitada só é dada por concluída com a chamada desmancha. “É uma operação que requer muita experiência, para não desperdiçar nenhum pedaço. Há que separar cada parte do porco segundo a sua finalidade: presuntos, costeletas, lombos elombinhos”, continua a explicar José Virgínio. Parte da carne é depois migada em peaços mais pequenos, destinados aos enchidos, os famosos chouriços. Nessa tarefa empenha-se toda a família e os convidados. Finalmente, “é só encher a tripa, que é como quem diz, fazer os chouriços, as morcelas e as farinheiras", refere o senhor Virgínio.
Em suma, este é um dia de árduo de trabalho e bem regado, não só por conversa avulsa. Quando cada um abandona o local da Matança e segue para a sua casa, já se acabou de cumprir mais um passo da tradição, que qualquer dia só se manterá viva nas memórias de mais idosos, pois tem a sua interdição encomendada. Não obstante, para estas pessoas, a recente proibição de matar os porcos domésticos em casa não faz qualquer sentido. “Querem é matar todas as nossas tradições”, criticam.
Apesar de agora ser considerada ilegal, a matança continua a ser executada em semi-clandestinidade na serra algarvia e segundo os rituais antigos. Ninguém parece preocupado com a falta de higiene, ou com o modo, supostamamente bárbaro, com com que se abatem estes suínos. “Há muitas décadas que isto é feito assim. Tudo se passa na casa das pessoas e ninguém tem nada a ver com isso. Seria até uma estupidez meter uma pessoa na prisão por matar um porco para comer, quando existem tantos gatunos que são culpados de crimes graves e estão em liberdade”, defende a população da serra de Monchique.
O presidente da Câmara de Monchique, Carlos Tuta, admite que ”existem algumas regras que devem ser cumpridas”, mas considera também que a proibição deve incidir apenas sobre os porcos para o circuito comercial e não sobre os que os particulares abatem nas suas casas, para consumo próprio, segundo a tradição.
Mesmo essa prática restrita tem, porém, os dias contados. Vai ser construída em breve uma casa de matança em Monchique, ao abrigo do próximo quadro comunitário de apoio. O projecto já está pronto e apenas se aguarda o financiamento, para arrancarem, efectivamente, as obras do matadouro, no terreno.
Até lá, o autarca desculpa “as pessoas habituadas à maneira tradicional de matar o porco”., dado tratar-se de uma prática que "passou de geração em geração durante muitos séculos". Como tal, é natural que algumas pessoas da região ainda não estejam completamente sensibilizadas para a necessidade de levarem os seus porcos para o matadouro.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Biologia::: Pirilampos podem ajudar na luta contra o cancro

Pirilampos podem ajudar na luta contra o cancro

A importância dos pirilampos para o equilíbrio ecológico e para estudos de medicina, nomeadamente de oncologia, vai ser discutida em Junho, num seminário internacional em Gaia.

Do grupo de investigadores, destaca-se a presença do biólogo brasileiro Vadim Viviani, responsável por uma investigação sobre a actividade de uma enzima, denominada luciferase, presente nos pirilampos e noutros insectos luminosos, passível de aplicação clínica, nomeadamente no tratamento do cancro.
O trabalho deste investigador da Universidade Federal de São Carlos e da Universidade Estadual Paulista poderá trazer novos conhecimentos para fins biotecnológicos, com possibilidade de aplicação nas áreas médica e farmacêutica, entre outras.
Vadim Viviani é um dos cerca de 60 especialistas mundiais que entre 21 e 25 de Junho irão participar no seminário internacional sobre pirilampos organizado pelo Parque Biológico de Gaia e pelo Instituto Belga de Investigação da Natureza e da Floresta.
«Esta é a primeira vez que pessoas de todo o mundo se vão reunir expressamente para discutir este grupo de animais e a sua importância para a ciência», disse à Lusa o director do Parque Biológico de Gaia.
Nuno Oliveira sublinhou que as intervenções dos investigadores serão posteriormente editadas em livro, por um editora de Cambridge, Inglaterra. «Será, aparentemente, a primeira publicação inteiramente dedicada aos pirilampos», frisou.
A ideia de organizar este seminário surgiu pelo facto do Parque Biológico de Gaia ter a tradição, desde há vários anos, de abrir ao público durante as noites de Junho para observação de pirilampos.
«Esta nossa iniciativa suscitou a curiosidade de um belga (Raphael de Cock) que manifestou interesse em participar e, palavra passa palavra, algum tempo depois tínhamos já vários investigadores interessados em vir a Portugal», revelou Nuno Oliveira.
Acrescentou que após várias confirmações, Raphael de Cock, director do Instituto Belga de Investigação da Natureza e da Floresta, «teve a ideia» de organizar um seminário, que incluirá, no seu programa, a observação nocturna dos pirilampos do parque.
«De um grupo inicial de dois ou três investigadores interessados em participar nas 'Noites dos Pirilampos' chegamos a mais de 50, com comunicações já asseguradas», acrescentou.
Referiu também a participação de especialistas oriundos dos EUA, Japão, China, Taiwan, Suíça, Bélgica, Alemanha, Tailândia, Brasil, Inglaterra e Portugal, entre outros.
«Abrimos, assim, o parque ao mundo», frisou Nuno Oliveira, acrescentando que desta vez, as «cerca de mil pessoas» que anualmente participam na Noite dos Pirilampos terão a vantagem de ouvir as explicações dos cientistas sobre o fenómeno da bioluminescência (capacidade de emitir luz própria).
No Parque Biológico de Gaia existe uma grande população de pirilampos, mas a espécie encontra-se em vias de extinção devido, sobretudo, à poluição.
«São animais muito sensíveis às alterações ambientais, sendo por isso, também, considerados óptimos bioindicadores», disse Nuno Oliveira, explicando que os pirilampos só sobrevivem em locais com «bom ambiente».
Os pirilampos podem ser encontrados, entre Maio a Agosto, e quem já apanhou um sabe que a luz deste insecto não queima e é das luzes mais frias da Terra. Os clarões emitidos pelos pirilampos são sinais que permitem o reconhecimento mútuo para efeito de acasalamento.
O Parque Biológico de Gaia é um centro permanente de educação ambiental instalado pela Câmara Municipal de Gaia, em 1983, no vale do rio Febros, gerido pela Empresa Municipal Parque Biológico de Gaia.
Os 35 hectares do Parque têm um circuito de descoberta da natureza, com cerca de 3 km, ao longo do qual estão instaladas vitrinas com variadas informações. Integram esse circuito, moinhos e casas rurais, carvalhais, pinhais, lagos, o rio Febros, viveiros com animais e plantas.
O objectivo pedagógico do Parque é a compreensão pelos visitantes da paisagem da região, incluindo todos os seus componentes (flora, fauna, clima, arquitectura tradicional, usos e costumes e hidrografia), e do contraste entre a paisagem agro-florestal, que se preserva no parque, e a envolvente urbana.
Outra das actividades do Parque Biológico é a recolha, em colaboração com o Instituto de Conservação da Natureza, de animais selvagens encontrados feridos ou apreendidos pelas autoridades por posse ilegal.
Quando algum desses animais não pode ser recuperado para restituição à Natureza, fica nas colecções do parque, exposto ao público.
Águias-de-asa-redonda, garças, abutres, corços, gamos, bisontes-europeus, esquilos, variadíssimas espécies de patos e gansos, raposas e muitas outras espécies podem ser observadas em amplos cercados e viveiros do parque biológico.
Lusa / SOL

Zoo de Berlim:::Alemães querem salvar ursinho polar

Enquanto alguns zoólogos afirmam que uma cria de urso polar abandonada pela mãe deve ser abatida, o Zoo de Berlim defende que o animal pode ser criado por humanos. O público alemão põe-se do lado do Knut

A paixão nacional da Alemanha é, neste momento, um ursinho polar chamado Knut. O animal de cerca de quatro meses de idade é um dos mais recentes habitantes do Zoo de Berlim mas também o centro de uma polémica que envolve ambientalistas, zoólogos, jornalistas, celebridades e toda a nação germânica.
Nascido em Dezembro, o urso teve um início de vida difícil, ao ser rejeitado pela mãe, juntamente com o irmão, que morreu com quatro dias. Os tratadores do zoo decidiram salvar Knut, alimentando-o com biberão. Um deles, Thomas Dörflein, passou a agir como a 'mãe adoptiva' do ursinho branco, acompanhando-o por toda a parte.
A sobrevivência de Knut parecia garantida mas, no início desta semana, o seu futuro foi posto em dúvida, ironicamente, por um activista dos direitos dos animais.
Frank Albrecht defendeu numa entrevista ao Bild que o urso deve ser abatido, uma vez que, ao crescer com humanos, vai tornar-se num animal com problemas de sociabilização com os seus semelhantes, para além de poder vir a representar um perigo para os tratadores. O activista baseia-se na experiência do Zoo de Leipzig que, no ano passado, abateu uma cria de urso polar rejeitada pela mãe.
A reacção do público não teve precedentes. O jornal foi inundado com cartas de alemães de todas as idades que pedem que a cria de urso polar seja salva.
Do seu lado, Knut tem os veterinários do zoo. Andre Schüle afirmou ao Bloomberg que seria um «desperdício» matar o urso, uma vez que este é «saudável e cheio de vitalidade», e que a sua espécie está seriamente ameaçada de extinção pelo aquecimento global.
Entretanto, Knut vai crescendo e, esta sexta-feira, foi oficialmente apresentado no Zoo de Berlim, o mais visitado de toda a Europa. O ursinho, que a pouco e pouco vai sendo afastado do seu tratador humano, foi recebido por um batalhão de jornalistas e fotógrafos de todo o mundo, bem como milhares de alemães que quiseram ver o animal que tem feito as primeiras páginas dos jornais dos últimos dias.
Segundo o canal Bloomberg, Knut comportou-se como uma estrela de cinema, ao pousar para as câmaras. O ursinho marcou mais um ponto, e bem pode agradecer a atenção mediática de que tem sido alvo, que lhe garantiu fãs por todo o mundo.

pedro.guerreiro@sol.pt
com agências

Uma Investigação sobre o Comércio de Pele de Cães

Uma investigação sigilosa de dezoito meses, expôs um dos mais repulsivos segredos da indústria global de peles: o assassinato cruel e brutal de animais de estimação (cães e gatos). A investigação foi um esforço conjunto da Humane Society dos Estados Unidos/Humane Society Internacional (HSUS/HIS) e Manfred Karremann, um jornalista alemão independente.
Os investigadores estimam em mais de 2 milhões de cães e gatos mortos, anualmente. E para quê? Para confecção de casacos curtos e longos, jaquetas, vestimentas com detalhes em peles, chapéus, luvas e acessórios decorativos. Até mesmo bichinhos de brinquedos, são feitos com pele de cães e gatos. Cães e gatos, em nada diferente dos nossos de estimação, cruelmente mortos para fazerem produtos vendidos a consumidores desavisados, que geralmente não têm como saber o quê estão comprando. As investigações seguiram uma pista sangrenta até as fontes. Eles testemunharam, em primeira mão, o assassinato de cães e gatos domésticos, sendo que alguns cresceram em fazendas de criação de raças, outros foram capturados na rua, e alguns que ,obviamente , eram de estimação e teriam sido, provavelmente, roubados. Eles documentaram a venda de peles em casas de Leilão na Europa; vendas efetuadas para compradores de diversos países, incluindo os Estados Unidos. Pelo caminho eles encontraram assassinos, vendedores, intermediários e compradores. E onde o "caminho da morte" termina?No público comprador de peles em todo mundo.
E claro que milhões de outros animais são mortos todo ano para satisfazer vaidades, incluindo mink, raposas, racoons e mais de uma dúzia de outras espécies. De alguma maneira, consumidores, estilistas, atacadistas e compradores de lojas, pensam ter conseguido se manter à distância da
crueldade e morte desnecessária, que são partes integrantes de toda fábrica de roupas e acessórios de peles, por vários motivos:
a. por considerar que animais usados para extração de pele são menos sensíveis a sofrimentos do que animais de estimação.
b. por falsamente sugerir que donos de fazendas que criam animais para uso das peles empregam métodos que protegem e cuidam dos animais enquanto estão vivos e proporcionam uma morte humana e indolor; até mesmo por considerar que alguns animais, como o mink, por exemplo, são espécies menos "simpáticas" ou não têm um "apelo emocional" forte, por isto, menos dignos de preocupação ou cuidados. Nenhum destes argumentos pode ser cogitado sobre mercado de peles de cães e gatos, que nós constatamos ser nada menos do que horrível e insensível. A documentação sobre esta investigação, incluindo várias horas de gravação em vídeo e centenas de fotos, mostra que os métodos de abrigo, transporte e abate de cães e gatos não possuem paralelos em termos de crueldade.

A Origem da Crueldade
Em um número considerável de países, incluindo Mongólia, Coréia, Austrália e Inglaterra, já houve relatórios esporádicos sobre cães e gatos sendo mortos por causa de sua pelagem. Esta investigação foi focada na China, país considerado o maior fornecedor de pele de cães e gatos, assim como nos representantes do comércio destas peles, onde pudemos desenvolver guias e conexões, que nos propiciaram acesso com sigilo.
Investigadores visitaram companhias estaduais em Beijing e nas províncias de Hebei, Heilongijang and Henan para descobrir informações detalhadas do manufaturamento e comércio de peles de cães e gatos. China também tem um negócio próspero com carne de cachorro; carne de gato é reportada apenas em Canton.
Nós descobrimos que os cachorros e os gatos normalmente são criados em fazendas de criação de raças, a maioria no norte da China, onde o clima mais frio aumenta a qualidade e espessura dos pelos dos animais. Em qualquer lugar, de 5 a 300 cães podem ser mantidos em "estoque" nas fazendas de cães e até 70 gatos podem ser mantidos em fazendas de gatos. Muitas vezes, cães e gatos mortos não vem de uma operação formal de criação de raça. Uma família chinesa pode simplesmente manter alguns gatos, ou um ou dois cachorros, e, durante o inverno, quando a estação anual de abate começa, a família mata os animais e leva as peles ao mercado. Muitas vilas têm mercados de peles ao ar livre, que servem como pontos de coleta de peles de cães e gatos, mortos no local.
Investigadores visitaram uma fazenda de cães que fica há muitas horas da cidade de Harbin.Eles documentaram cães vivos em locais sem aquecimento durante inverno rigoroso, rodeados pelos corpos de cachorros mortos, pendurados em ganchos. Alguns dos cães vivos eram destinados para serem vendidos e comidos em Harbin e suas peles vendidas ao mercado. Os cães eram empacotados em sacos e transportados por um veiculo motorizado para o lugar de abate: uma jornada de várias horas.
Em Harbin, investigadores testemunharam cães mantidos em um prédio escuro e sem aquecimento, no frio de Fevereiro, sem água nem comida. Eles estavam amarrados por finos fios de metal. Foi dito aos investigadores que o "açougue"' naquele lugar ,matava de 10 a 12 cães por dia, vendendo sua carne e couro, e que sua esposa freqüentemente traz os cães de fazendas de criação no norte.
Para alguns dos cachorros trazidos para Harbin a viagem ainda não tinha terminado. Como alguns restaurantes (normalmente Coreanos) querem realmente carne fresca, alguns destes infelizes cães são enfiados novamente em sacos e levados ao destino final. Em um restaurante, o investigador assistiu quando um cão foi tirado do saco. Os outros foram deixados presos, sobre um chão gélido. A cada cão que era retirado e morto, os outros podiam ouvir seus gritos e choros.

( Tradução até este trecho feita por Denise Villas Andreis )

Auto-estrada encerra para deixar passar borboletas

Direitos dos animais respeitados
Auto-estrada encerra para deixar passar borboletas
Pedro Chaveca


Todos os anos mais de um milhão destes insectos atravessam o sul da ilha da Formosa. Este ano vão receber tratamento VIP.

A Borboleta Lilás dirige-se para o norte onde morrerá depois de pôr os ovos.

17:26 | sábado, 24 MAR 07


O governo da Formosa (Taiwan) vai encerrar um troço de 600 metros duma das mais movimentadas auto-estradas do país. Tudo para que a migração sazonal das borboletas lilases decorra sem problemas para os animais.
Esta espécie de borboleta passa o Inverno no sul da ilha e aproveita a chegada do calor primaveril para se dirigir ao seu local de reprodução, no norte.
Nesta dramática viagem muitas das 12 mil borboletas, que todas as horas se fazem literalmente à estrada, “não conseguem chegar ao seu destino final” asseguram os especialistas.
As autoridades da Formosa já avisaram que o encerramento da via irá causar complicações no trânsito, mas, acreditam ser por uma boa razão.
“Os seres humanos têm de apreender a coexistir com outras espécies, mesmo que seja com uma tão pequena como esta”, garantiu Lee Thay-ming do gabinete nacional de auto-estradas.
Evitar o tráfego
Todos os anos largos milhares de borboletas lilases morrem vítimas dos automóveis, que passam a alta velocidade e arrastam os delicados animais para o meio do trânsito, onde acabam por morrer esmagados.
Para além do corte do trânsito, as medidas para impedir o morticínio incluem ainda redes de protecção e luzes ultra-violeta. Os ecologistas esperam assim que todos estes cuidados alterem o cenário de anos anteriores.
As redes de protecção foram desenhadas para obrigar as borboletas a voar mais alto, o que reduzirá o risco de serem apanhadas pelo tráfego.
As luzes ultra-violeta serão instaladas debaixo de pontes, para encorajar os pequenos insectos a passarem por baixo da estrada, afastando-os assim de perigos mortais.
Supõe-se que estas medidas de salvamento rondarão os 22.500 euros.
com agências